domingo, 23 de outubro de 2011

Não, não se perde tempo brincando
Não se perde tempo conversando
Não se perde tempo perdendo tempo
Não se perde tempo amando
Não se perde tempo fazendo amigos
Não se perde tempo conversando
Não se perde tempo ficando com quem gostamos
Não, não se perde tempo pensando
Não se perde tempo parado
Não se perde tempo olhando pra trás, pro passado
Não se perde tempo.
Não estamos perdendo tempo
nem mesmo quando achamos que não estamos fazendo nada
Não se perde tempo sonhando
e claro, tampouco fazendo
não se perde tempo... vivendo

sábado, 16 de julho de 2011

Pingo d'água
Pinga a pia
Pinga pinga
Noite e dia
Pinga a pia
Pinga pinga
numa chata harmonia

Pinga a pia
pinga pinga
pingo d'água noite e dia

Vai-se a noite, vai-se o dia
E a pia pinga pinga
Pinga pinga, que mania!
De pingar sem serventia

domingo, 3 de abril de 2011

Hoje, pra ser mais exato agora, ao ler o título do deste blog, me fiz a mesma afirmação: é... é um bom título, é bem romântico até, mas não passa uma ideia correta do que realmente sou.
Bom, o título não foi uma invenção do nada, uma mentira; ele realmente foi uma tentativa de traduzir o sentimento que eu tinha sobre mim em 2007 (ano em que criei o blog). Hoje tenho uma opinião diferente, e acho que o título não tem mais tanto a ver comigo. E digo mais. Acho que ele nunca teve nada a ver comigo.
Quase todos os dias reflito, ou martelo [não como um feedback, mas como uma crítica destrutiva a mim mesmo], sobre como tenho agido ultimamente, como tenho superado minhas limitações e o que tenho feito para superá-las. Sempre chego à mesma conclusão de que não tenho feito nada. Isso me faz sentir-me a pior pessoa do mundo, a única que não consegue, porque simplismente não tenta superar os obstáculos que a vida e eu mesmo colocamos em meu caminho. A ideia que tenho de mim é de um cara meio "Deixa a vida me levar", achando as que coisas podem acontecer, e se não acontecer tá tudo bem. Sempre achando que não tenho obrigação de ser melhor que ninguém, e sempre me pondo no fundo do poço em qualquer coisa que eu faça, pra sempre no final dizer a mim mesmo: não fui tão ruim quanto pensava, eu poderia ser pior. E querendo que os outros pensem o mesmo de mim...
... [Fiquei com vergonha de tudo isso, mas não posso apagar o que já tá escrito]...
Realmente quando criei esse título, eu me achava um cara "Metamorfose Ambulante", que mudaria minha maneira de ser, não por vontade, mas por ser de minha própria natureza, sem nunca querer imitar ninguém é claro. Porém, além disso o título também traduzia a minha constante mudança de opinião ou de gosto sobre muitas coisas, e isso até hoje eu acho que é verdade, acho que esse título significa somente isso sobre mim.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Eu preciso mudar, eu tenho que mudar, eu tenho que mudar
ele precisa mudar, ela precisa mudar, eu tenho que mudar
mas por que que eu tenho que mudar? é como se dissessem a um paraplégico que ele precisa levantar e andar
eu preciso mudar, e sei disso
eu sei que preciso mudar, mas sei que não deveria precisar
o mundo é quem tem que mudar, e o mundo não sabe disso
o mundo quer mais é que o mundo se fôda! e eu também
eu não vejo sentido, o mundo querer que o mundo haja como ele quer
seria tão mais fácil apenas aceitar a todos, com suas diferenças

sábado, 29 de janeiro de 2011

A sua enxada não é a minha enxada
A minha enxada é bem pior que isso
Você nem faz ideia
Não faz parte desse seu mundo
A minha enxada de hoje talvez não seja a minha enxada de amanhã
E sei que minha enxada é o sonho de muitos

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

E eis que sua alma se foi
Por não aguentar mais o sofrimento do corpo
Agora objeto, nada mais
Do qual se tenta desesperadamente arrancar um último sorriso,
Um último suspiro, um último eu te amo, ou um primeiro
Um adeus!
A vida é a melhor oportunidade de convivermos com as pessoas com quem gostamos
A morte, que nos tira essa oportunidade, talvez seja um alerta de que, por mais vida que tivéssemos, nunca o faríamos.
Resta-nos apenas a esperança de que a morte seja na verdade um recomeço
Onde se possa viver tudo o que o corpo não viveu.
Fica com Deus meu tio.
(Mim, 20 de janeiro de 2011)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Essa mesma música
Sempre tão igual
Me soa sempre igual
Mas me dá emoções diferentes.
Antes fosse rosa
Intensa, apaixonada!
Contudo as vezes prefiro a frieza
Essa coisa esperada
Sem surpresas, sem grandes emoções
mas sempre minha música.
(Mim, 05/08/2008)

Onde está o pôr do sol na esquina da cidade?

E minha terra e o vento no final da tarde?

Aquele ventinho que alivia o calor do dia.

E meus pais... A como os amo!...

Tenho saudades de tudo

Daquela corzinha morena, pessoa adorável

E seu cheirinho de pai.

Tenho saudades daquele jeitinho de menina, tão engraçada às vezes da minha mãe

Tudo dá saudades.

Às vezes penso que deixei minha vida, pela minha vida.

(Mim, 19/09/2007).

domingo, 7 de novembro de 2010

Não foi apenas mais uma distração

Estudando pra prova de Introdução ao Direito [não faço Direito], um saco pra ser sincero, perco facilmente a atenção, perdendo-me entre o Media Player e o Youtube. "WHILE MY GUITAR GENTLY WEEPS", um som tirou mais ainda minha já inconstante e intediada atenção: era uma bela surpresa ver um Bentivi cantando seu belo canto por aqui.
Por um momento viajei, vendo por entre as brechas da janela aqueles passarozinhos, que por uma feliz coincidência cantavam sob um céu cinzento, que também servia de fundo para aquela cantoria, e de fora vinha aquele vento de chuva, aquele mesmo por que tanto já viajara viagem anual pra minha infância, da qual sempre voltava com um suspiro profundo e os olhos marejados. A árvore atrás, árvore urbana dessas da qual nunca se sabe o nome, com seus galhos dançando, logo insinuaram uma cajueiro, e para completar a viagem faltou apenas uma janelinha branca, velhinha cheia de buracos, nela e na tinta, com uma trave na diagonal, só esperando o fim do dia para cumprir seu papel de guarda.
Voltei então à realidade, como sempre da mesma forma. Os pássaros não estavam mais lá, de canto somente The Strokes, o cajueiro havia sumido, porém o céu cinzento ainda estava lá, afinal já estamos em novembro, já é um pequeno e bem simples anúncio do inverno. Pensei então: ora, o céu ainda está aí, e os pássaros realmente estavam. Não pode-se diminuir a importância que infância tem para nós, tampouco sua beleza [quando se tem infância]. Mas os pássaros, o céu, ainda são os mesmos, ainda são belos, apesar de não haver mais cajueiros. O presente pode ser bonito também, pode dar as mesmas lembranças bonitas no futuro, então vou vivê-lo um pouco, vou curtir o céu, ele está lindo!

domingo, 25 de outubro de 2009

Quem manda é eu!

Amarei o que eu quizer amar
Amarei a quem eu quizer amar.
Odiarei o que quizer odiar
Não o que me desagradar, quase tudo.
Amarei quando me for conveniente
Chorarei pelo que quizer chorar
Por motivo mais besta que for
Pois o importante é sentir
E o sentimento é a gente que inventa...
O sentimento está no coração de quem sente.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Algorítmo da Mulher Moderna

O carro é o homem
O homem o acessório

A mulher é o homem

O homem acessório de mulher

sem valor pra o homem

O carro é o homem.